sábado, 7 de janeiro de 2012

"A maldição é a ponta do iceberg"

De Lost a Once Upon a Time, os produtores executivos Adam Horowitz e Edward Kitsis certamente sabem como criar um mistério complexo que mantém a audiência coçando a cuca.

A dupla começou o trabalho com Once há oito anos, mas tiveram que trabalhar em Lost para para aprimorar a idéia. "Nós éramos muito jovens e não entendíamos como executar bem nossa idéia. Chamamos de bloqueio de oito anos do escritor," Kitsis diz, rindo.

Uma ótima entrevista com novas informações dos produtores, que mostraram que a série vai muito mais além de Emma quebrar a maldição.




O resultado? Uma série em que personagens conhecidos de contos de fadas foram arrancados de seu mundo por uma maldição que a Rainha Má lançou na esperança de destruir os finais felizes de todos e obter um próprio. Eles são levados a Storybrooke, uma cidade onde o tempo está congelado, e não há lembranças de suas antigas identidades. Então temos Emma, uma agente de fiança da vida real que, de alguma forma, tem que quebrar a maldição.

Apesar da série ser repleta de mitologia vinda dos contos originais e também de criações dos roteiristas, os produtores acreditam que a força e o apelo vêm de outro lugar. "Nós nunca pensamos em Lost ou Once como shows mitológicos, mesmo que a mitologia obviamente seja parte de ambos," diz Horowitz. "São shows focados nos personagens, para nós. Essa foi a maior lição de Lost: realmente aprender como abordar a história através dos personagens." Kitsis ressalta que os chefes em Lost, Damon Lindelof e Carlton Cuse esforçaram-se para priorizar o personagem na série da ilha misteriosa. "Em Lost, começamos a perceber como contar a história desses personagens com a origem e a mitologia e, com sorte, tentar entrelaçar as duas."

Horowitz e Kitsis também montaram sua própria "bíblia" para acompanhar o progresso de Once e as histórias dos personagens, não muito diferente da usada pelos roteiristas de Lost. "Serve para nos manter alinhados ao que estamos fazendo", diz Horowitz. "Mas estamos nos dando liberdade. Não acontece assim: 'É desse jeito que todas as três temporadas devem ser, ou cinco temporadas.' Temos alguns objetivos anotados, mas estamos permitindo a criação de uma liberdade para mudarmos de idéia."

Liberdade significa que os produtores estão focados principalmente na temporada atual, em vez de focados em um futuro muito distante para planejar o final - apesar de reconhecerem que os fãs de Lost contavam com a certeza de que havia um final à vista, mesmo que esse estivesse bem distante. "Queremos ter certeza que, daqui a cinco anos, sejam quais forem nossos planos, eles ainda sejam relevantes," diz Kitsis. "Há uma maldição que precisa ser quebrada, e esses personagens tiveram seus finais felizes arrancados. Emma chega tentanto ajudá-los a encontrarem os finais felizes. Por fim, o último final feliz é o de Emma."

Antes que isso possa acontecer, Emma, que também é filha de Encantado e Branca, deve realmente se tornar a heroína da história - algo que os roteiristas acham interessante porque ela nunca fez parte da lista de personagens de contos. "Emma é essencialmente uma nova personagem de conto de fadas," ressalta Kitsis. "A jornada de Emma está apenas começando e ainda não foi escrita."

"Ouvimos pessoas discutindo: Emma quebrará a maldição? Como ela fará isso? Quando isso acontecerá?" diz Horowitz. "A maldição, de muitas formas, é a ponta do iceberg. Mesmo que você saiba quem você é, isso não significa que tudo voltará imediatamente para você e então terá seu final feliz," acrescenta Kitsis, "Na verdade, de muitas formas, isso pode até piorar as coisas."



Infelizmente, isso significa que o Príncipe e Branca têm uma longa jornada a seguir antes de sua história se tornar o romance que conhecemos. "Toda vez que você tem uma história de amor em uma série, é difícil mantê-los separados," fala Kitsis. "No mundo encantado, sabemos que esses dois devem ficar juntos. Agora, em Storybrooke, eles são separados pela esposa de David, então não podem ficar juntos. Você pode ver realmente que a maldição cumpre seu papel, que é arrancar tudo que você ama da sua vida."

Conseguir para os pais o final feliz que eles merecem será o maior desafio para Emma. Apesar de ela estar frente-a-frente com a prefeita de Storybrooke, que adotou Henry, o filho que Emma deu para adoção há dez anos, ela terá que encarar a maior antagonista da história: a correspondente de Regina, a Rainha Má. "A Rainha Má não é alguém com quem você queira bater de frente, mas se há alguém que possa, esse alguém é Emma," diz Kitsis.

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